quinta-feira, 30 de julho de 2009

POR QUE CHORAS CIELO?!


A carreira de qualquer profissional é marcada positiva ou negativamente por um número considerável de decisões tomadas, somando-se o fator “sorte” que nada mais é do que o encontro da competência com a oportunidade.

Constatamos a existência desses três elementos ao rever o brilhante Cielo vencer a prova de natação e marcar novo recorde mundial, ou seja:

Decisão, Competência e Oportunidade

Pode-se imaginar os sacrifícios feitos ao longo destes anos para chegar a este nível de competição e momento de glória, cravando o tempo de 46s91.

Esporte solitário este a natação. Marcantes movimentos repetitivos, fortes braçadas e mais braçadas, respiração controlada, perfeita sincronia e jogo de pernas, além da explosão inicial que ele soube desenvolver e aprimorar melhor do que ninguém.

Assim, chega-se ao perfil ideal de um verdadeiro campeão.

Mas, por que choras Cielo?!

Perguntava eu, ao assistir a cerimônia de entrega de sua merecida medalha.

Choras pela eterna pobreza e injustiça de seu país; pelos brasileiros condenados ao esquecimento total; pela corrupção que sangra a riqueza pública; pelos filhos abandonados que vagam sem destino; pela fragilidade de nosso esporte ou pela falta de integridade de homens que decidem pela nação?

No mundo corporativo não é muito diferente.

Compete-se todos os dias, recordes e mais recordes precisam ser batidos. Exige-se que metas sejam superadas; passamos por avaliações constantes; mercados demandam melhores produtos e menores preços e a concorrência não perde oportunidade para atacar.

O profissional precisa responder braçada por braçada a estas demandas de forma a justificar o que lhe pagam. Se pagam muito ou pouco, bem aí são outros quinhentos.

E está criado o grande espetáculo que é o nosso dia-a-dia de trabalho!

Permita-me, caberia perfeitamente neste cenário, um termômetro para medir o “quantum” de integridade anda impregnada nossa postura de líderes ou liderados.

Avaliaríamos também o nível de nossa honestidade frente ao que praticamos; o grau de sinceridade quando interagimos com parceiros/colegas, ou até que ponto nossas atitudes estão revestidas de bondade genuína, e ainda, a existência ou não de uma atitude proativa de voluntariedade para uma ajuda despretensiosa.

No mundo esportivo assim como no corporativo, as marcas e os limites existem para serem superados.

Mas, por que choras.... Cielo?!
E você tem fôlego para segurar situações sob pressão ???

Um comentário:

Anônimo disse...

Pô Mauro, já li a de hoje que falava do Cielo, uma ótima comparação com o mundo corporativo hein, parabéns!

Mas gostei muito mesmo foi de seu texto passado que falava do que seja eterno enquanto dure...Tentei mandar meu comentário por muitas vezes, mas seu blog tá foda, não consegui mandar esse comentário. Sei lá acho complicado a forma de enviar comentário em seu blog. Não sei se você está tendo muitos comentários, mas acho que essa "complicação" acaba limitando os feedbacks.

Mas estou impressionado, você escreve muito bem! sua escrita é bem melhor que sua esquerda (backhand)...Abs.
Carlos Machado