sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ora (direis) ouvir estrelas! (*)

Não canso de surpreender-me quando atendo profissionais que ao telefone ou mesmo em entrevistas, mostram-se seguros e por vezes pouco humildes em suas colocações.
Tudo sabem, tudo conseguem e tudo podem.
Mas a dura realidade é que estão desempregados!.

No segundo ato, desfilam uma séria de informações não solicitadas; quer por que quer convencer-me de que ele é o “cara” ideal para a posição.

Isto nos leva a uma reflexão sobre quatro atos aparentemente simples, porém de extrema importância no nosso dia-a-dia, ou seja:

ouvir - falar - escrever - ler

Todos nós, dadas as circunstâncias, elegeremos qual deles é o mais importante em determinados momentos de nossas vidas.

Vocês hão de concordar o quão difícil e árdua é a vida de quem busca uma recolocação e suas simples armadilhas onde inocentemente ocorrem os tropeços que degolam o candidato.

Ora (direis) ouvir estrelas... certamente não, mas procure falar o necessário, escreva corretamente, leia, pondere e reflita atentamente, pois quando menos esperar estará ouvindo divinamente.

Minha percepção é que deveríamos utilizar mais o filtro que existe entre cérebro e boca; evitando assim, falar quase tudo o que pensamos, dando assim um espaço em nossas mentes para ouvir...ouvir...ouvir... estrelas !

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-Las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

Olavo Bilac (*)

6 comentários:

Carlos Artur de Andrade disse...

Maurão,
Excelente sua matéria, pois é impressionante o nº de "os caras", que estão disponíveis no mercado.
Para mim, em humilde sugestão, são três (deveriam ser ???) os maiores objetivos do Homem:
1º) Adquirir conhecimento;
2º) Adquirir riqueza;
3º) Abrir mão das duas.
Grande Abraço,
Carlos Artur de Andrade

Anônimo disse...

Mauro,
Os executivos "os caras"que estão procurando realocações, precisam ter mais dois ouvidos, que servem definitivamente para.............

Zanoni

Anônimo disse...

A história de cada um fala mais que as palavras pronunciadas. Acontece de um profissional ter uma linda história, mas restrita às paredes e muros da empresa que trabalhou. Contar essa história depois que saiu pode ser tarde demais? Creio que é por isso que profissionais ainda empregados tentam "aparecer" a qualquer custo: para serem lembrados depois. Mas, também serve para o troca-troca de posições. Saem antes que os deméritos apareçam. Vão "enrolar" em outras empresas. Daí termos serviços tão pobres, políticas de atendimento medíocres, falta de sintonia com as necessidades dos usuários. Quer maior fraude que operadores de centrais de atendimento instigados por seus chefes a cometerem o crime de "falsidade ideológica" quando criam para si nomes fantasmas? Se os formuladores destas políticas tivessem qualidade, confiança no acerto das suas políticas, então todos fariam com honra a declaração de seus nomes.
Falar, falar, falar. Melhor seria: realizar, realizar, realizar!

Paulo Carneiro (prof)

Anônimo disse...

Caro Mauro,
Artigo de comentário interessante, clareza nas idéias sobre um assunto muito atraente para o exercício da reflexão. Agregou valor. Parabéns!"abs
Ricardo Vitale

Anônimo disse...

Diogo Giulito.

"E eu vos direi: "amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."

Muito bom...

Julio Teixeira disse...

Belo comentário, bela definição dos "caras".
Pena que o cara aparentemente original nãos seja sequer genérico, nem mesmo paraguaio.
Vivemos um momento de pernas para cima.
Onde deveria existir matéria mental existe estrume, e onde deveria existir estrume garrafas de bebidas importadas, embalagesn de botox...
E o cara diz estar pronto.
Pronto para desviar mais esses bilhões?

acorda brasil que o cara é só um bebado!

Nem rato ele é!