quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

VALORES & CRENÇAS

Não há dúvida de que a crescente diversificação da força de trabalho em termos de gênero, etnia, formação educacional, idade, religião e por que não, orientação sexual, tem transformado sobremaneira o perfil do mundo corporativo, provocando e gerando novos desafios à arte de saber gerenciar pessoas e suas diferenças.

A arte de saber gerenciar essa diversidade dentro das organizações é que faz a diferença e gera por outro lado, valores e crenças que se perpetuam no DNA das organizações, trazendo benefícios e ao mesmo tempo constantes desafios.

Assim, o valor de uma empresa não se mede apenas pelo cálculo do EVA (Valor Econômico Agregado), mas também por esta fonte de referências defendida pelos seus colaboradores.

É sempre bom ter em mente que as organizações são constituídas por indivíduos que por vezes e de forma natural, expressam seus valores e crenças individuais, ignorando políticas aplicadas à grupos, as quais julgam serem apenas discursos que levam a lugar algum; apenas uma formalidade.

O grande desafio, portanto, em perpetuar valores, é passar do discurso a pratica, o que requer alinhamento e coerência da Direção Executiva com seus colaboradores.

Dessa forma, os responsáveis pela gestão da cultura das organizações devem adotar políticas de diversidade somadas às fortes bases éticas, como que passando um recibo de autenticidade e veracidade àquilo que crêem e falam.

Quero crer que as organizações zelem pelos seus valores éticos e suas crenças naquilo que é justo, bom e saudável, traduzindo tudo isso em ações pontuais na gestão da diversidade latente do seu quadro de pessoal; na honestidade em tratar e cuidar do meio ambiente ou pela atenção às reclamações e reinvidicações de consumidores entre outros fatores.

Isto nos leva a concluir que os valores e crenças de uma organização se constituem em uma fonte efervescente de referências, servindo tanto clientes internos como externos à melhoria de suas relações; afinal somos todos diferentes.
....uma lágrima para os amigos que se foram: L. N. Jancsó e Antonio Garcia Morales!



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

VOCÊ É UM BOM MOTORISTA?

Afinal o que tem a ver esta pergunta com o mundo corporativo e a carreira de cada um de nós?

Explico. Dias destes, meu filho ao volante, começamos a conversar sobre as muitas similaridades e analogias existentes no ato de dirigir com a maneira e forma como conduzimos nossas vidas e em particular nossa carreira profissional.

Diariamente ao volante, somos parte de um universo, onde a competição está presente a cada mudança de marcha ou esquina trazendo toda sorte de obstáculos e prazeres.

Somos exigidos ao máximo, seja na atenção que dispensamos a quem está à nossa frente, ao nosso lado ou nos seguindo. Do contrário seremos vítimas de graves acidentes.

Utilizamos à vezes no limite o que de melhor temos na avaliação de riscos frente às decisões a serem tomadas, seja numa ultrapassagem ou na melhor rota para atingirmos determinado objetivo/endereço.

E não paramos por ai, pois temos também que nos preocupar com o vizinho ao lado; que pode muito bem ser um novato/trainee, um alucinado ou um despreparado dirigindo sem a mínima consciência do que isto representa.

Na frenética corrida ao volante, utilizamos nosso discernimento sobre condições futuras de tráfego; acionamos nosso senso de urgência frente ao inesperado; e ligamos quase que automaticamente nosso senso de observação e oportunidade, por fim, temos que cuidar do patrimônio sob nossa guarda, mesmo que tenhamos seguro para tudo e para todos os eventos.

Na vida executiva, guardadas as devidas proporções, o quadro é bastante similar, porém, não dispomos do GPS para traçarmos a melhor rota...

Diariamente somos provados em todos os sentidos e não se pode esquecer que quase sempre temos não um, mas vários quardas de trânsito nos observando e anotando nossas performances. Basta uma falha/barbeiragem para um ponto negativo na carteira.

Manobras bem feitas nem sempre são premiadas.

Haja paciência, equilíbrio e motivação para que nossa viagem no mundo corporativo seja bem sucedida e, se possível sem acidentes graves !!!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O PRIMEIRO OBSTÁCULO

Todo processo de seleção sofre perdas irreparáveis logo na primeira entrevista. A razão é bem simples.

Quem geralmente faz a primeira entrevista na maioria das vezes é um (a) profissional que não tem profunda e acurada experiência em nenhuma área específica.

A expertise é bem fraquinha. Carece de vivência e experiências práticas reais.

Fala-se de finanças sem entender o que é fluxo de caixa descontado; fala-se de marketing sem entender como aumentar o market share; fala-se de produção sem entender o que é Six Sigma e por ai vai.

Trata-se de profissional que utiliza técnicas de entrevistas padronizadas. É o profissional que chamo de “perfect box”. Tudo o que acontecer a partir do primeiro aperto de mão que não corresponder ao padrão “perfect box” está praticamente descartado.

Para evitar estas perdas, procuro orientar profissionais a terem o máximo cuidado na primeira entrevista para não se exporem demasiadamente ou se fecharem em copas.

Obviamente que existe um risco em todo o processo de seleção.

O candidato deve expor suas realizações, falar da sua formação educacional, enumerar suas habilidades em lidar com situações adversas; pontuar com exemplos seu senso de oportunidade e de urgência; provar seu potencial de liderança.

Conheço excelentes profissionais que se queixam da forma como foram avaliados logo na primeira entrevista.

Portanto, é decisivo que se prepare para uma entrevista de forma a se mostrar o mais natural possível, sem querer ser ou demonstrar um personagem que não existe. Não caia na tentação de ser um “perfect box” de prateleira.

terça-feira, 13 de abril de 2010

COMBINARAM COM OS RUSSOS?

O mundo dos negócios é tão incerto quanto nossa efêmera vida.

Nada está escrito nas pedras, tudo pode mudar, temos que estar vigilantes todo o tempo, pois ao menor vacilo e lá se vão meses de estudos, projetos cancelados e sonhos desfeitos.

A imprensa diariamente nos brinda com fatos que refletem a incapacidade do ser humano de prever o que poderá acontecer nos próximos dias, quem dirá nos próximos meses ou anos.

Podemos imaginar então, a vida de um executivo que diariamente busca superar desafios propostos pela “diretoria”, atender demandas sempre presentes da comunidade além de ter que cuidar de sua própria carreira. Afinal, ninguém quer ser a mesma coisa toda a vida. Todos querem crescer, ganhar mais e serem reconhecidos pelo que fazem. Nada mais justo!

Os desafios para atingir os nossos propósitos, contudo, não são as “grandes” pedras, pois estas a gente logo percebe e as detecta facilmente, o pior e o mais perturbador são as “pequenas”, muitas vezes invisíveis a olho nu. Pegam-nos de surpresa, quase sempre.

Para detectá-las é preciso larga experiência, muita, mas muita paciência, exige uma melhor avaliação periférica e requer acima de tudo parcerias estratégicas bem construídas para assim poder lançar mão de sábias decisões.

Minha impressão é que a soma de experiência mais paciência mais avaliação mais parcerias pode dar respostas a tantas incertezas que nos rodeiam diuturnamente.

Ou então, deveríamos reformular a memorável pergunta do incomparável Garrincha para que nossos objetivos sejam alcançados: “Combinamos com os russos”?.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

UM CACHORRO EM NOSSAS VIDAS...

Recorro a Machado de Assis para “roubar-lhe” inspiração e dizer aos que me lêem sobre a experiência pré e pós-cirurgia que tive com nossa amiga e companheira Tina.

Fora diagnosticada a necessidade da operação em um de seus ramais mamários; operada que foi, já no dia seguinte, diferentemente dos “homens” seu comportamento mostrou-se mais humilde, perspicaz, motivador e inspirador do que possamos imaginar, quanto às suas reações pós-cirurgia.

Deu-nos um banho de comportamento e solidariedade seja na brandura e lentidão de seus movimentos ou na consciência transmitida de que certas coisas da vida, simplesmente fogem ao nosso controle.

Com uma linguagem corporal onde maquiagem ou plástica alguma resolve ou corrige, transmitiu uma mensagem clara de que nestes momentos, o melhor a fazer é dobrar os joelhos, fechar os olhos e por um momento orar e pedir proteção aos céus.

Assim como os Houynhmms, citado por Machado de Assis como cavalos sábios e falantes, os pets devem ter alguma forma de linguagem que nós humanos ainda não conseguimos decifrar, mas podemos entender e compreender, mesmo que seja através de uma lágrima ou um sorriso.

Certamente a Tina não foge à regra, pois sensibilizada que ficou com a linguagem do amor e da esperança embutida nas mensagens (vide comentários) do Carlos, Daniela, Eduardo, Ricardo, Mauricio, Rolando, Samborn, Lourival, Newton, Mônica, Carlos, Gisele, Sergio, Hilton, Marcos, Fabio, Maristela, Miriam, Patrícia, Roberto Raimondo, Silvia Barreto, Rogério e da Luiza entre outros, ela pede que cuidem de seus animais de estimação e os amem um terço apenas do que eles nos amam.

Minha missão, portanto, é ser o portador de um profundo e sincero agradecimento solicitado pela Tina, expresso neste simples: muito obrigado mesmo pelo amor de suas orações e carinho de suas mensagens. Au! Au! Au!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O AZARADO

É possível alguém ter ao longo de sua carreira passado por empresas e/ou situações onde o final acabava sempre sendo a sua demissão ?

Acreditem ! Isto acontece mais vezes do que vocês possam imaginar.

É o que chamamos de unlucky people. O cara é sempre afetado por algum acidente ou fato fortuito.

Em outras palavras, eis o verdadeiro azarado da turma.

Não há como evitar estes fatos. Eles simplesmente acontecem, e o profissional é vítima de situações que muitas vezes em nada colaborou.

Por exemplo, uma crise como a de 2008/2009; uma cisão na empresa; ou ainda uma fusão ou venda do controle, e o pior, a mudança para um outro estado, inundações, etc...

É preciso estar sempre atentos a movimentos mais sutis que se produzem e que ressoem de alguma forma até o chão da fábrica. Onde há fumaça, há fogo certamente.

Dizem as más línguas que as "reuniões dos bebedouros" são ricas em informações !!!

Profissionais que ficam focados apenas e somente no seu território/mundo, sem ter noção do que acontece às ribeirinhas, pode sofrer esses golpes em suas carreiras.

Vez ou outra ao avaliarmos um currículum, nota-se: um ano aqui, outro ano lá, mais um ali...

Portanto, quando em entrevista, a melhor coisa é contar gols a favor do que justificar gols contra.

Bem sei que nós enquanto profissionais não pedimos demissão apenas por ouvir boatos ou notícias não oficiais. Os desafios do dia-a-dia nos remete a cuidar e zelar pelo nosso cargo, buscando realizar o melhor que pudermos.

Vale o alerta então para quando a zona de conforto estiver muito acentuada.

É o momento de parar, pensar, refletir e ponderar e por que não, buscar novas alternativas no mercado ?!

Longe de achar que a empresa em que estamos é a melhor do mundo.

Há certamente inteligência, humor e ótimas oportunidades de crescimento profissional em outros ambientes/empresas.

De repente uma mudança na carreira pode ser o melhor dos remédios para algumas noites de insônia ou preocupação extrema com o futuro.

Já imaginou se sua empresa for alagada mais de uma vez face às constantes chuvas que castigam a grande São Paulo e de repente a Diretoria decide transferir tudo para um outro estado ????

Que azar hein meu !!!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

E NOSSA IMAGEM ? COMO É QUE FICA ?

Eis a pergunta que não quer calar diante das bizarras notícias envolvendo o até então intocável Tiger Woods, o profissional do esporte mais bem pago do mundo.

Dirão alguns que o assunto é de foro íntimo, portanto, ninguém tem nada a ver com o ocorrido. Até certo ponto posso concordar.

Não se pode esquecer que todo profissional, estando ou não exposto à mídia se torna uma personalidade pública e nas devidas proporções tem no exemplo de suas atitudes e decisões um patrimônio a ser cuidado, marcando para o bem ou para o mal sua imagem no mercado e seu futuro profissional.

O que o jovem incauto fez entre tantas tacadas de sucesso foi no mínimo uma tacada pouco pensada e mal administrada.

Faltou-lhe, quem sabe a frieza que se pede ao fechar o buraco 18 com um bird ou um eagle.

Não é tarefa fácil administrar meteórica carreira e manter ao mesmo tempo foco na família e nos valores a ela atrelados. Ou será que a família se presta tão somente para uma pose fotográfica ?

Não foi o primeiro a cometer a chamada "puladinha de cerca", mas certamente, é um dos maiores exemplos de como uma lambança pessoal foi mal administrada sob qualquer ponto de vista.

É preciso mais que dons e aptidões esportivas; é preciso muito mais que músculos e vontade de vencer sempre, para manter a imagem de profissional vencedor preservando ao mesmo tempo a família e o que ela representa.

Os desafios e as armadilhas da vida colocados frente às nossas mãos, às vezes se apresentam em vários formatos, podendo iludir tanto um jovem ou um experiente executivo, como iludiu um esportista do peso de Tiger Woods.